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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://100fronteiras.com

 

EUCÁRDIO ANTÔNIO DERROSSO
( Brasil – RIO GRANDE DO SUL )

 

Nasceu em Santo Augusto/ RS.

Poeta, cronista, jornalista, advogado e servidor público aposentado, nasceu em 1944. Reside em Porto Alegre desde 1964, escrevendo ainda para alguns jornais do Estado e do País. Em 2001, o autor doou todo o seu acervo literário para a Biblioteca da Prefeitura Municipal de Santo Augusto, RS.
O jornalista e cronista Eucárdio Antônio Derrosso, com a crônica Entregadores de Jornais, foi selecionado no concurso “História do Trabalho” de 2024, na categoria crônica. O livro com os trabalhos vencedores foi publicado no ano seguinte, lançado na Feira do Livro de 2005.
 

 

BERNY, Rossyr, org.   Poetas pela Paz e Justiça Social.  Coletânea Literária. Vol. II. Porto Alegre: Alcance, 2010. 208 p.    ISBN 978-85-7592-098-5  
Ex. biblioteca de Antonio Miranda – doação do amigo (livreiro) Brito – DF.     No. 10 249
Importanteexistem mais poemas de muitos poetas do que os apresentados aqui, do livro tão bem apresentado, que recomendamos!!!



      A paz é possível

O mundo é possível,
a alegria é possível,
o amor é possível,
possível é a festa.
Todos merecem a paz,
um novo mundo é possível.
Mas é impossível, improvável,
ficar alheio, não participar,
se isolar.
Hoje é dia de alegria,
porque, afinal, somos todos irmãos,
e merecemos ser felizes
mesmo que seja por um instante fugaz,
mesmo que seja possível
só neste momento de fé.
Vivamos intensamente.


Diferanças

Entre sonho e realidade
só há um e separando;
entre meu tempo e teu espaço
só existe um até quando!


Anonimatos ou somos anônimos

Já temos. Alcoólicos Anônimos,
Narcóticos Anônimos,
Fumantes Anônimos,
Jogadores Anônimos,
Comedores Anônimos,
Introvertidos Anônimos
e  Sociedades Anônimas;

Podemos ter:
Estressados Anônimos,
Excluídos Anônimos,
Amantes Anônimos,
Desesperado Anônimos
e Homônimos Anônimos.

E ainda teremos:
A Central de Excelência
em Ciências Anônimas.


Nos trilhos

Não descarrile,
muito menos desanime.
Não saia dos trilhos:
só o amor redime!


Tempo/hora

A hora é em cima da hora,
antes da hora não é hora.
Depois da hora não é hora.
Ora, a hora é exatamente agora.
Em cima da hora:
Fato matemático,
tempo cronológico!
A lógica sé em cima da lógica.
Abaixo da lógica não há lógica,
acima da lógica, perde-se a lógica.
A lógica está dentro da lógica.
Está claro e lógico?
Mutação teratológica...
Há o tempo de plantar,
há o tempo de colher.
Motivação pessoal,
megaponderação,
o tempo é em cima do tempo,
a saída é complexa.
O tempo serena,
omnis tempus habeo,
tenho todo o tempo do mundo,
mas tempus fugit (o tempo voa),
quero todo o tempo do mundo.
E para que tanto tempo,
se não é chegada a hora?


É o fim do amor
Ou balcão de negócios?


O amor também tem
seu prazo de validade,
descobriu a Ciência,
tal como a mercadoria:
Quatro anos de existência,
mais dia ou menos dia,
depois, vem a rotina, o enfado,
a desavença, a falência
do casamento e relação.
Ao iniciar um romance,
devido aos tempos modernos,
— direito do consumidor —
exija da parceira(o)
negativa do Procon.


Obra

Aqui estou, lá está você!
Quem de nos nunca amou
atire a primeira pedra
que constrói o muro,
a casa, o edifício.
Tijolo e ferro, cimento e aço,
revolução,
madeira ferida,
tinta da vida.
Você é, eu sou,
nós somos construção!


O computador e eu

Nasci com o ENAC,
o primeiro computador:
será mera casualidade
ou fatalidade sócio-cultural?
A diferença é a máquina:
eu, com coração/sentimento;
ele, apenas instrumento
quase virtual, eu, natural.
Somos iguais, companheiros,
na primeira impressão:
Tanto ele quanto eu
passamos por revisão.
Ah! Outra diferença
que se avizinha entre nós:
Imagino ser eterno,
o CP só dura um tempo,
não se renova trimestralmente
como as minhas células-máter.
Utilidades? Assistência?
Ambos temos e sofremos,
precisamos, mas erramos.
E, apesar de tudo isso,
como nos precisamos, nos amamos!
Eu sem ele já não vivo,
ele sem mim até que fica,
mas os dois com ou sem com,
aí a coisa se complica...
Conclusão: é melhor decidir
cada um ficar na sua;
eu, com minha consciência;
ele, em mim plugado atua.
Cada qual com seu igual,
na sua necessidade:
só, o computer não é nada,
eu só trago felicidade?
Respostas difíceis e práticas
para pergunta indiscreta:
se não fosse o computador
eu ainda seria poeta?


Desertidão

O poema absolve/sorve
o pensamento/lento,
o pulso pulsa
o momento certo;
o espaço ocupa
o tempo incerto,
oculta o vento
o instante inverso:
eis condensado o verso!
Mas logo tudo se consome
em fogo brando/escasso:
espalhem as cinzas mortas
na quietude longilínea
deste infinito e lúgubre
e lasso deserto lasso...


Inocência perdida

Pergunto a mim mesmo
onde está a ternura de outrora,
a ingênua virtude
da infância perdida...
As respostas me dão
as notícias da noite,
as manchetes da manhã,
os fatos de cada dia.
Não se encontra mais
a história de uma fada
que protege uma flor.
A bruxa carregou consigo
a esperança do jovem,
cozinhou as aparências
no fervente caldeirão.
Agora só restou às fadas
o psiquiatra e a televisão.


Meus troféus

Por favor, ao me visitarem
não insistam em conhecer
minha sala de troféus,
pois, não tenho sala de troféus.
Eu não quero ser mais perdedor
do que colecionador de vitórias.
Por ora, os meus troféus maiores
são meus livros.
Se isso serve de consolo,
os meus outroVaga s troféus
estão dentro de mim,
não disponíveis, indevassáveis.
No visiting,
no enter, no parking.
Ainda espero, um dia, conquistá-los
ilimitadamente, aos milhares.
Aí, então, terei e mostrarei com orgulho
a minha sala de troféus,
à disposição dos amigos
e da imprensa em geral...


Divagações

Vaga é a lembrança
que apascenta o rebanho
das águas claras profundas.
O elo divaga do elo
que liga a carga dolente.
Rasga o velo a corrente
que consagra a utilidade.
Da onda, vaga oceânica,
não se limita o percurso
das andanças e mudanças.
Postas as perguntas tão vagas,
quem responde às indagações.


Quem sou eu?

Poeta, escritor,
jornalista, sonhador,
cronista cronificado?
Quantas vezes me pergunto:
afinal, quem sou eu?
Qual o meu passado?
Sou domador de ideias,
coletor de cenas e textos,
apreciador da natureza,
ou pastor de rimas?
Observador de pássaros,
aprendiz de vate,
meu alimento são as letras
(não existe sopa de letrinhas?)
colecionador de títulos (de livros),
doador de sangue da veia poética,
hóspede sou da solidão.
Espaço e arte
fazem estrita parte
do meu ser diário,
desse sentimento
que se chama vida.
Quadruplicada alegria,
lembrança centuplicada.
Nessa confusão de esquemas
eu sou tudo e não sou nada...

 

*
VEJA e LEIA  outros POETAS do Rio Grande do Sul em nosso Portal:
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Página publicada em maio de 2025.


 

 

 
 
 
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